Na manhã de 20 de janeiro, à equipe GEPAR(Grupo de Educação Patrimonial e Arqueologia) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob a coordenação da Professora Elaine Ignácio e com o apoio da PREXC, iniciou uma jornada pela comunidade Salobro e pelos sítios arqueológicos que adornam o norte do Piauí.
A priori, a equipe foi recebida pela acolhedora comunidade Salobro, um assentamento nascido da necessidade de moradia por movimentos locais. Os moradores nos contaram que o nome “salobro” é uma homenagem à água retirada de cacimbas com presença de salitre, resultando em água salobra.
Nossa equipe fez um percurso de 2 km até o mirante, um circuito que exigiu atenção para capturar todos os detalhes do caminho. Partimos em direção aos sítios arqueológicos, acompanhados por guias, explorando uma área de transição entre a caatinga e o cerrado.
Árvores como cajuí, pau d’arco, aroeira branca e faveira compõem a rica vegetação local. Placas informativas, confeccionadas pela própria comunidade, guiavam nossa jornada, aludindo à Rede Brasileira de Trilhas aprovadas pelo ICMBIO.
No Mirante Pedra da Mesa, a mais de 600m de altitude, seguimos a Lei 8.623, mantendo uma distância segura do abismo. O Sítio Arqueológico Família Calixto, batizado pela Professora Elaine, revelou pinturas rupestres únicas, mas exigiu precaução devido à presença de carrapatos e piolhos de mocó.
No dia seguinte, exploramos o Mirante do Gritador, elevando-nos a 729m. Utilizado historicamente para comunicação por gritos, o local, semelhante à Salobro em vegetação, revelou comunidades autossustentáveis desde 1920. A estrutura turística foi implementada em 2008, destacando o potencial turístico da região.
A visita ao Garimpo Povoado Roça dos Pereira revelou a rica produção de opalas em Pedro II. A história, desde a descoberta acidental até os desafios enfrentados pelos garimpeiros, reflete o fascinante mundo subterrâneo desta pedra preciosa.
Ao entrevistar Sr. Nivaldo, um experiente garimpeiro, conhecemos a rotina árdua, os valores das pedras e o papel crucial do garimpo na economia local. Uma jornada entre opalas, trilhas e histórias marcantes, Pedro II revelou-se um tesouro a ser explorado.
A experiência em Pedro II destaca a importância de preservar nossos patrimônios naturais e culturais. A riqueza das comunidades, as trilhas e a história dos sítios arqueológicos e do garimpo são elementos valiosos que merecem cuidado e apreciação. Nosso compromisso é zelar por esses patrimônios, assegurando que as futuras gerações possam desfrutar da mesma beleza e autenticidade presenciadas. Ao explorar e compartilhar essas maravilhas, contribuímos para a conservação do legado único que Pedro II oferece.