PEDRO II-PI

BANGALÔ DE ARQUITETURA HISTÓRICA NO MUNICÍPIO DE PEDRO II

Nosso parceiro do GEPAR Almir Orsano, acompanhado do pesquisador Edson Peres, foi conhecer um edifício construído na primeira metade do século passado e que foi um marco entre as obras da cidade.

Construído por Lauro Cordeiro Brandão entre o fim da década de 30 e início da década de 40, o bangalô é considerado uma arrojada obra arquitetônica para seu período, pois foi o primeiro prédio de andares da cidade de Pedro II. Cordeiro Brandão – que era intendente e prefeito da localidade – contratou pedreiros cearenses que tinham ligação de relacionamento com a família e que marcaram época nas construções do município.

Segundo informações de familiares, o bangalô passou a pertencer a Josué Braga Campelo em 1946 e, após sua morte, a filha Areniza – que ainda hoje reside no local – herdou o prédio.

No interior do bangalô, destacam-se os ladrilhos hidráulicos no revestimento de pisos e paredes. Produzidos de forma artesanal com cimento, recebem esse nome pelo processo de submersão em água para a cura do concreto. Surgidos em meados do século XIX como uma alternativa à utilização de pedras, o material teve seu apogeu, justamente, entre as décadas de 1930 e 1940.

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ASPECTOS DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E DEPREDAÇÃO DE PATRIMÔNIO NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO TORRES EM PEDRO II/PI

A degradação ambiental, devido às diversas atividades realizadas pelo homem, tem sido um tema bem discutido atualmente, principalmente quando a população passa a sentir os efeitos da perda de qualidade ambiental. (AMARAL; LIMA FILHO, 2015). O município de Pedro II é conhecido internacionalmente devido sua cultura, paisagens, cachoeiras, mirantes e sítios arqueológicos e por esta razão, torna-se forte atração turística daí a importância de se preservar os bens materiais e imateriais.

Embora a preservação dos sítios arqueológicos esteja prevista em lei e seja importante do ponto de vista histórico, sócio econômico e ambiental o sítio arqueológico torres em Pedro II apresenta inúmeros impactos negativos proveniente de ações de visitantes e moradores próximos.

De acordo com  Silva; De Melo; Parellada, (2006) a preservação dos sítios arqueológicos é fundamental para o meio ambiente e a sociedade, tendo em vista que, além de produzir conhecimento científico a preservação da memória e da identidade é uma imposição de natureza legal e política para garantia da soberania e da segurança nacional.

Neste sentido este artigo tem como objetivo avaliar os impactos ambientais provenientes de ações antrópicas no sítio arqueológico Torres em Pedro II – PI. Realizado através de visitações ao local onde constatou-se depredações da estrutura de proteção e das pinturas rupestres, descarte de lixo, fogueiras, pichações, retirada de vegetação e queimadas.

Ao final da pesquisa, observou-se que impactos desta natureza trazem perdas qualitativas ao patrimônio ambiental, histórico e cultural do município de Pedro II. Indica-se assim, que os órgãos responsáveis a elaboração de atividades que visem minimizar tais impactos, afim de evitar que estas consequências venham a se tornar irreversíveis. prioritariamente, vale ressaltar a necessidade da conscientização da população em preservar esses importantes pontos turísticos da cidade.

Almir Orsano dos Santos

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REFERÊNCIAS:

SILVA, Alessandro Giulliano Chagas; DE MELO, Mário Sérgio; PARELLADA, Claudia Inês. Pinturas rupestres em abrigo sob rocha no sumidouro do rio Quebra-Perna, Ponta Grossa, Paraná. Publicatio UEPG: Ciências Exatas e da Terra, Agrárias e Engenharias, v. 12, n. 01, 2006.

AMARAL, Antônio José Rodrigues; LIMA FILHO, Clóvis Ático. Mineração. 2015.

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Histórico

Nossas ações em Pedro II

Aqui você encontra também relatos do nosso histórico de ações e projetos realizados anteriormente na região.

O Epa em Pedro II

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As ações de educação com enfoque no Patrimônio Histórico Cultural e Artístico realizadas no município de Pedro II – PI, desenvolvidas pelo Projeto EPA – Educação Patrimonial, iniciou-se como projeto de  Extensão vinculado ao Curso de Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre da Universidade Federal do Piauí, em 2012 e continua até hoje, cadastrando-se a Pró- Reitoria de Extensão (PREX), com o objetivo de propagar e promover a arqueologia e os patrimônios piauienses de forma geral. Por meio das ações nosso objetivo é socializar o conhecimento da Arqueologia através da educação patrimonial para valorização e proteção do patrimônio histórico cultural local, fortalecendo a noção de pertencimento e preservação.

2014 – Arqueologia, Turismo e Educação Patrimonial: ações efetivadas com os guias de Pedro II, Piauí, Brasil

2014 – Capacitação de Educação Patrimonial para os professores Municipais de Pedro II – PI – Brasil

2016 – Curso de Educação Patrimonial voltado para comunidade e alunos do Instituto Federal do Piauí De Pedro II

2017 –   Curso – A importância da divulgação e pesquisa do Patrimônio  Histórico Cultural e Artístico de Pedro II, Finalizando com a montagem de uma exposição e apresentação de filme na praça.

AÇÕES DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 

A educação patrimonial só pode ser efetivada de fato se conseguir penetrar no cotidiano da população. O “educador patrimonial” tem de ser provido de sensibilidade suficiente para quebrar as barreiras que existem entre os mesmos e a comunidade, procurando fazer laços e relações de confiança e amizade, conhecendo e reconhecendo suas dificuldades e diferenças, desenvolvendo atividades junto à comunidade e não para a comunidade.

Essas experiências junto à comunidade demonstram o quanto essas ações são benéficas e levam as mesmas a auto reflexão acerca da valorização da cultura da sua cidade ou município, ou seja, a cultura de seu povo.

Preparação da exposição e mostra de filme Narradores de Javé na praça, Pedro II
Preparação da exposição e mostra de filme Narradores de Javé na praça, Pedro II

Em Pedro II, foram realizadas palestras e oficinas educativas com guias locais, visando uma melhor capacitação dos mesmos e partilhar de forma recíproca conhecimentos. As palestras versaram sobre o que é arqueologia, o trabalho do arqueólogo, a legislação pertinente ao patrimônio, a definição e as subdivisões do Patrimônio Cultural, a importância das ações de educação patrimonial e os levantamentos dos trabalhos de cunho arqueológico realizados no município.

As oficinas contaram com caixa de areia (quadrícula), visando mostrar na prática como funciona a escavação; jogos educativos (jogo dos sete erros), no intuito de fazer com que os participantes identificassem nas fotografias referentes ao sítio arqueológico Torre I problemas vigentes atuais; e oficinas de cerâmica, com o objetivo de mostrar aos guias o processo de produção das mesmas.

O encontro com a presença e testemunhos de personagens de dentro da própria comunidade estudada, estimulou o saber e provocou em cada um o gosto pela continuidade e multiplicidade dessas ações.

A Educação Patrimonial tem por objetivo buscar novas formas de interação entre o passado e o presente como uma forma de preservar suas riquezas para gerações futuras. Essas ações são garantidas pela constituição federal de 1988, no Art. 215, que dispõe: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso as fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.

20 Pedro II setembro de 2017 (19) (1)
Preparação da exposição e mostra de filme Narradores de Javé na praça, Pedro II

Acreditamos que as ações realizadas foram relevantes, uma vez que, proporcionaram interação entre ambas às partes, meio acadêmico e comunidade, através da troca de conhecimentos e experiências. No entanto, torna-se necessária a continuidade das ações, não ficando restrita apenas aos guias, mas a comunidade como um todo.

As aulas práticas mostram-se fundamentais na aquisição de experiências, estas permitem a análise de elementos na paisagem, cruciais para o entendimento da mesma. Os indivíduos, através dessas práticas, desenvolvem habilidades de interpretação.

O município de Pedro II possui um acervo arqueológico e natural riquíssimo. No entanto, as atividades de vandalismo presente no sítio de arte rupestre Torre I constituem uma preocupação para a atualidade. Deste modo é importante que a sociedade atual tenha consciência da importância desse patrimônio para conservar esse recurso para as gerações futuras.

Assim, são necessárias medidas eficientes (por ex. atividades de Educação Patrimonial e providências dos órgãos competentes no sentido de dar subsídios para inibir a atuação de vândalos e criar condições para que o local venha a ser um ponto turístico de município apreciado e utilizado de forma sustentável), a fim de resguardar esse valioso patrimônio para gerações futuras e desenvolvimento de pesquisas científicas.

 

 

 

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